Belém

Durante o Círio de Nazaré, gigantesca festa religiosa de Belém, meu olhar escorreu pelas coisas e pelos seres. A procissão tumultuou meus sentidos. Entre corpos que digladiavam pela possibilidade de seguir atados no emaranhado da corda que conduzia o andor da santa, entorpeci meu olhar com profanas santidades.

Sacerdotes entre guerreiros me contaram do poder que permeia a terra e o céu. Anônimas figuras cruzando o poente traçaram minha alma de metafísicas pulsões. Titãs de bronze sinalizavam marcos, como quem aponta para um ponto de fuga impossível. Octopus poéticos desenhavam no ar o

Essa foi a viagem mais recente.
Já estou sentindo falta dos sorvetes, nunca pensei em experimentar tantos sabores: uxi, bacuri, muruci, taperebá, mangaba, sapotilha...

As cervejas também são incríveis: açaí, priprioca, cumaru entre outras.

Tudo é incrivelmente delicioso: tacacá, maniçoba, vatapá, tucupi...
Vontade de comer tudo e fotografar o tempo inteiro... hehe.

Lugar INCRÍVEL!

Belém do Pará já foi considerada a Europa do Brasil. Há pouco mais de 100 anos o ciclo da borracha vivia seu ápice. Dessa era de Ouro restou a arquitetura rebuscada, inspirada, claro, na Paris da época. Atualmente vive-se por lá uma nova era de prosperidade econômica onde a cidade cresce muito, pelo menos para parte da população. Rodeando tudo isso encontramos a natureza da Floresta Tropical, Belém sendo a porta de entrada para a Amazônia.

O icônico Ver-o-peso e a metrópole ao fundo que não para de crescer, mas sem perder suas origens.

Depois de uma semana incrível regada a carimbó (manifestação cultural do norte do Brasil), chegar em casa com histórias novas não tem preço.

Essa viagem ainda que próxima de casa aproximou natureza e história em pleno cenário amazônico. Incomparável.