Rua do Ouvidor

Está com vontade de ver um Rio nostálgico, um pouco à moda Machadiana? Ou um Rio boêmio, dos sambistas, com cheiro de Chiquinha Gonzaga e companhia? Não existe programa melhor do que andar na Rua do Ouvidor.

Tenho dois conselhos fundamentais, contudo. O primeiro é: vá na hora do almoço e no sábado. É quando você tem a chance de pegar o Chorinho que o boteco "Antigamente" oferece de 15 em 15 dias. Mas não se preocupe, porque se não for lá, você encontra em algum boteco por perto.

Eu começaria o passeio já direto no trecho da Rua do Ouvidor com a Rua Primeiro de Março que é a melhor parte. Além de se estar entre os melhores centros culturais do Rio, ali pode-se comer a feijoada clássica do "Antigamente" e ver a Livraria "Folha Seca", super tradicional aqui no Rio, com sua obras sobre futebol, samba, choro, etc.

A Rua do Ouvidor, desde os tempos coloniais era conhecida pelas delícias que suas lojas ofereciam. A antiga rua das confeitarias (a Manon ainda sobrevive na mesma), sempre foi recorrente nos contos do final do século XIX, o que não era para menos, já que este logradouro ligava o centro do Rio ao Largo de São Francisco, local de estudantes e boêmios. Hoje a rua se divide em duas vocações, a comercial (no lado que compreende o Largo até a Primeiro de Março) e a culinária (da Primeiro de Março ao Paço Imperial). Esta última é bem mais notada e faz jus a antiga fama, com diversos restaurantes bem conceituados pela crítica carioca.

Tradicional rua do centro, com algumas construções bem interessantes.